Thursday, October 28, 2010

As Consequências Económicas de Energias Renováveis: Caso de Portugal



As duas componentes de energias renováveis economicamente inviáveis são as energias eólicas e as energias fotovoltaicas.  As fotovoltaicas contribuem relativamente pouco para a produção, deste modo vamos considerar apenas as eólicas. A começar pelos números:

Energias eólicas
  • Potência  instalada, MW: 3535
  • Custos de capital, Euros/kW: 1100
  • Custo das instalações, Milhões de Euros: 3888
  • Custo dos empréstimos, contratados a 10 anos e 5% de juros, Milhões de Euros/Ano: 630
  • Energia eólica produzida em 2010 (estimativa), GWh: 9480
  • Custos de operação e manutenção, Euros/kWh: 0,07
  • Custos de operação e manutenção em 2010, Milhões de Euros/Ano: 660
  • Total de custos directos a economia, Milhões de Euros/Ano: 1290
  • Consumo doméstico de electricidade, % do total: 28
  • Consumo de electricidade pelos sujeitos de actividades económicas, % do total: 72
  • Factor médio ponderado dos preços de energia nos custos de actividades económicas: 6
  • Prejuízos totais (directos+indirectos) para economia, provocados pelo uso de energias renováveis, Milhões de Euros/Ano: 5600
  • Taxa média dos impostos em Portugal, incluindo IVA, IRC etc, %: 40
  • O dinheiro que deixa de entrar nos cofres do Estado na forma de impostos, Milhões de Euros/Ano: 2200

Conclusões

Entre os gastos em custos de capital para instalação dos renováveis, e nos subsídios à produção, e as perdas nas receitas fiscais, geradas pela produção das energias renováveis, o Estado Português deita ao vento, anualmente, mais de 2000 Milhões de Euros do dinheiro nosso, excedendo metade do défice orçamental deste ano, que está a ser corrigido pela redução dos salários e aumento dos impostos.
Vamos apenas relembrar que as "energias verdes", absurdamente caras e economicamente inviáveis, estão a ser introduzidas sob os pretextos de combate ao Aquecimento Global Antropogénico, e de substituição de combustíveis fósseis, ambos falsos. Notemos de passagem que o Painel Intergovernamental das Alterações Climáticas nada consegue saber sobre o clima futuro, razão pela qual as suas previsões catastróficas não têm qualquer credibilidade.

Nota adicional

Os custos reais para o consumidor são o dobro da nossa estimativa acima apresentada de 1300 Milhões de Euros anuais: os chamados Custos de Interesse Económico Geral (CIEG) em 2011 atingem 2500 Milhões de Euros anuais, pois ainda temos que pagar às centrais térmicas, por não produzirem a electricidade produzida pelas centrais eólicas e vendida ao consumidor pelo mais que o dobro do preço normal.

Na realidade, todos os custos acrescidos de energias renováveis, até esta data, estiveram a ser suportados pelos consumidores domésticos, muito embora estes consomem menos de um terço da energia eléctrica produzida, e nunca pediram que lhes fosse fornecida energia eléctrica mais cara, em vez da mais barata.

Realidade longe das previsões
  
Esta análise da produção de energia eléctrica, entre 2008 e 2011, pelas instalações eólicas da Grã-Bretanha, mostra que a energia eólica é altamente volátil, necessitando da grandes instalações hidra-acumuladoras, extremamente caras, para seu funcionamento. Deste modo, os planos de substituição de centrais térmicas pelas centrais eólicas, além de não trazer qualquer benefício ecológico ou económico, são tecnicamente infundados.

Notas adicionais

Custos das renováveis na Alemanha, dos moinhos de vento instalados nas águas do mar Báltico: €200/MWh, contra €40/MWh de energia convencional. O artigo completo do James Boxell foi publicado pela Financial Times.

A dívida tarifária dos consumidores de electricidade em 2013 ascende aos 3 mil milhões de euros, e vai crescer nos próximos anos. 
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Tuesday, October 12, 2010

Fossil fuels are dwindling - you got to be kidding!




We know that oxygen gas present in the atmosphere and allowing us to breath has been produced as a by-product of photosynthesis, which occurs in plants, allowing them to produce organic matter, used as food by animals. Plants use carbon dioxide gas, present in the atmosphere, incorporating its carbon into organic matter, and liberating oxygen gas. Free oxygen gas is present in the atmosphere because some of the organic matter produced over the ages has not been consumed, forming on geological time scales deposits of coal, oil and natural gas, commonly known as fossil fuels. Therefore, knowing the amount of oxygen in the atmosphere, we can deduce the amount of fossil fuels buried underground, expressed as equivalent carbon. To do that, we shall write a simplified chemical equation of photosynthesis that most schoolchildren are able to understand:

hv + CO2 = C + O2

Here, hv represents the solar light energy, CO2 - carbon dioxide gas, C -  equivalent organic carbon, which is mostly incorporated into a sugar, glucose, and O2 - oxygen gas. This equation states that one molecule of carbon dioxide gas yields one carbon atom, incorporated into organic matter, and one molecule of oxygen gas, which is equivalent to mass conservation - atoms don't disappear, nor are they created from nothing. Using the Periodic Table, we obtain that for each 12 grams of carbon incorporated into organic matter by plants, 32 grams of oxygen gas are liberated. Using Wikipedia, we can find the data on the total amount of oxygen present in the atmosphere, and calculate that it corresponds to about 2 tons of oxygen per each square meter of the Earth's surface area. Doing a proportion, we get that there exist, buried, some 0.8 tons of carbon, on average, per square meter of the Earth's surface area. Of these, once more using Wikipedia, the known and confirmed deposits of coal, oil and natural gas correspond to less than 3 kilograms per square meter, which makes about 0.3% of the total. These known deposits will sustain world economy for at least a century, therefore, we still have fossil fuels for thousands of years to come, under any thinkable development scenario of the world economy and demographics.

Make your own conclusions on whether we need very expensive windmills or extremely expensive photovoltaic installations, recalling that, contrary to what IPCC says, CO2 - the "pollutant" that plants need to feed us - does not affect the climate to any measurable extent. To make things worse, even if it did, IPCC would not know - they can't possibly know anything about future climate. 

To learn more:
  1. Optimism on US stocks of fossil fuels.
  2. On grim perspectives of renewable energies in Europe

 

Note added in proof

on 2011/12/19 

Prof. Nikolai Bazhin called my attention to the fact that geologists provided a better estimate of the total amount of organic carbon buried underground, based on the amounts and types of sedimentary rocks in the Earth crust, and the contents of organic carbon in such rocks. As experience tells, of the total amount of organic carbon, which they estimate at 27 tons/m2 (10% uncertainty), only about 1 % is contained in economically viable deposits of coal or petroleum. This leaves us with at least 270 kg/m2 of coal and petroleum, against the known deposits of 3 kg/m2. Continuing extraction at present rates, we shall have sufficient fossil fuels for about 9 thousand years. 

Reference

Peter Warneck "Chemistry of the Natural Atmosphere", Vol. 71, International Geophysics Series, Eds. R. Dmowska, J. R. Holton, H. T. Rossby, Second Ed., Academic Press, 1999, pp. 666-672.

 

New developments - shale gas

on 2012/12/09
Quoting: "... the Earth can now provide us with about 250 years’ worth of gas supplies".
No doubt that there is yet much more of oil and gas to explore.

on 2013/02/11
Britain has shale gas for 1500 years - an article in The Times

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