Saturday, June 19, 2010

Aquecimento global antropogénico, biocombustíveis e mortes de fome

Os trabalhos de investigação e desenvolvimento com o objectivo de produzir biocombustíveis são motivados pelo papão do Aquecimento Global Antropogénico, promovido pelo PAIC (Painel Intergovernamental das Alterações Climáticas da ONU, IPCC em Inglês) e utilizado como justificação de muitos projectos megalómanos, economicamente inviáveis e moralmente condenáveis, incluindo as energias renováveis, créditos de carbono e biocombustíveis.

Nesta última categoria incidem os trabalhos do colega João Varela, relatados pelo próprio no dia 18 de Junho de 2010 na palestra intitulada "Organismos marinhos — Fontes promissoras de biocombustíveis e compostos bioactivos". O autor propõe usar micro-algas para produzir biodiesel, num processo que utiliza luz solar numa instalação localizada no deserto, água salgada do mar, dióxido de carbono e adubos. Quanto a viabilidade económica, os projectos mostram-se completamente inviáveis, apresentando preços pelo menos 5 vezes superiores aos combustíveis naturais. Assim, terão de ser fortemente subsidiados, tanto na fase de instalação como na fase de exploração, esbanjando o dinheiro dos contribuintes.

Por outro lado, os custos reais serão ainda mais elevados, havendo várias razões para isso. Pois o autor não propôs qualquer solução para obtenção do dióxido de carbono, necessário para manter os rendimentos elevados de micro-algas. Obviamente, a solução implícita seria de ir a boleia dos projectos megalómanos, dispendiosos e completamente fúteis, na medida que o dióxido de carbono não apresenta qualquer perigo ambiental,  de captação do dióxido de carbono gerado nas centrais térmicas, muito embora não se vislumbra a possibilidade de instalação de uma central térmica no meio do deserto, pois estas necessitam de grandes quantidades de água doce para arrefecimento. Ainda a produção de nitrato de amónia, fonte de nitrogénio necessário para crescimento rápido de micro-algas, é um processo energicamente dispendioso, que utiliza combustíveis fosseis. O recurso a combustíveis renováveis neste último processo, embora reduza o consumo de combustíveis fósseis, ocupa áreas agrícolas, com consequências moralmente inaceitáveis, pois implica a produção agrícola de combustíveis. Fica por resolver a questão de reciclagem de águas com salinidade elevada, e com concentrações elevadas de nitratos, que resultaria da evaporação dos reservatórios abertos num ambiente desértico, ou de custos de limpeza de tubos de vidro e de desinfecção das águas, no caso de utilização de instalações fechadas.  

As justificações de desenvolvimento de biocombustíveis são ainda baseadas em estimativas tendenciosas do tamanho de jazidas de petróleo e do carvão, semelhantes às publicadas de Wikipedia, falsificada pelos visados do escândalo Climategate, ou das do governo do Estados Unidos, totalmente rendido às ideias do lobby do Aquecimento Global Antropogénico. De facto, não existe qualquer problema com fornecimento de petróleo ou de carvão, nem seja previsível que estes problemas possam aparecer. Pois observando a experiência histórica, o tamanho de jazidas conhecidas e confirmadas de petróleo tem estado a crescer, na medida que as jazidas conhecidas foram extraídas. Ora ninguém vai procurar jazidas novas, enquanto as existentes produzem o necessário, já que as novas descobertas podem fazer baixar os preços, desvalorizando os investimentos feitos anteriormente. É fácil de perceber estes factos do ponto de vista geológico, já que apenas 4% da superfície terrestre foram alguma vez pesquisados a propósito de petróleo. Apenas um país, o Iraque, deve ter pelo menos 60 mil milhões de toneladas de petróleo, por extrair.

Além disso, a eficiência teórica máxima de aproveitamento de energia solar em fotossíntese é de apenas 11%, enquanto a eficiência de células fotovoltaicas hoje em dia ultrapassa este valor em pelo menos 3 vezes, mostrando pouca eficácia da abordagem proposta.  

O futuro de fornecimento de energia está nos reactores nucleares que conseguem consumir os detritos radioactivos, extraindo até 50 vezes mais energia do urânio do que os reactores antigos, mas não em qualquer tipo de produção biológica, economicamente inviável e moralmente reprovável, por estimular o crescimento dos preços no mercado de bens alimentares, conducente a fome e a morte em massa de pessoas nos países pobres.

Thursday, June 3, 2010

A TERRA JÁ FOI SALVA, HÁ 2010 ANOS


O que não quer publicar o Jornal de Negócios (comentário às Edições Especiais de Negócios Mais, de 22 e 28 de Abril, dedicados ao assunto de Aquecimento Global). 

Para benefício dos leitores iremos esclarecer certos aspectos do problema do Aquecimento Global Antropogénico e avaliar as medidas para combater o problema climático que alegadamente existe, segundo o PAIC/ONU (Painel Intergovernamental das Alterações Climáticas das Nações Unidas).

Os relatórios quinquenais do PAIC/ONU

Estes relatórios são compostos, maioritariamente, pela análise de estudos científicos dedicados às consequências das alterações climáticas. Estes estudos, na sua maioria, até apresentam resultados e conclusões válidas, embora os tópicos dos mesmos sejam completamente irrelevantes, pois estuda-se aquilo que "poderia acontecer se o clima ficasse muito mais quente nos próximos 100 anos". A pouca relevância é consequência directa da falta de fundamentos científicos das previsões apocalípticas do PAIC/ONU, como demonstraremos adiante. Deste modo, as centenas de milhões de euros anualmente gastos em estudos climáticos poderiam ser aproveitadas para estudos muito mais prementes e relevantes, ajudando a combater a fome, a malária, a falta de água potável e muitos outros problemas reais.

Entretanto, estes relatórios são usados como cortina de fumo, para encobrir precisamente a ausência de bases científicas das conclusões neles contidas e para manipular a opinião pública, através da comunicação social. Pretendem justificar quer os gastos desnecessários em energias renováveis (cujos preços superam os das energias tradicionais em cerca de 10 vezes), quer os esquemas de negócios em "créditos de carbono" os quais, supostamente, devem reduzir as emissões atmosféricas de dióxido de carbono (CO2), tudo custeado pelo consumidor/contribuinte dos países desenvolvidos.

Adicionalmente, as conclusões contidas nestes relatórios não reflectem o conteúdo científico dos mesmos, como ficou demonstrado pela sua alteração administrativa para ideias contrárias às anteriormente apresentadas. Este caso está documentado nas mensagens de correio electrónico publicadas no âmbito do escândalo "Climategate", discutido adiante. Ora, na versão preparada pelos cientistas concluiu-se, pela ausência de indícios, que o aquecimento global pode ser antropogénico, tendo os mesmos indícios aparecido, miraculosamente, na versão final do relatório.     

A metodologia "científica" adoptada nos estudos do problema: relação entre teoria e prática  

O desenvolvimento da ciência ocorre através da interacção entre a teoria e a prática. Os resultados das experiências práticas levam os cientistas a formular hipóteses que se transformam em teorias, aceites pela grande maioria dos cientistas, desde que não surja nenhum resultado experimental que contradiga a teoria, levando à criação de novas hipóteses e assim por diante. Basta um resultado não explicado pela teoria, para que esta deixe de ser válida. Além disso, nenhuma teoria pode ser provada definitivamente, pode ser apenas rejeitada por novos resultados experimentais.

Os modelos climáticos computacionais do PAIC/ONU, neste contexto, fazem parte do domínio teórico. Devem ser comparados com os dados reais da evolução climática, os quais podem rejeitar, ou não, estes modelos. De facto, nenhuma das previsões concretas e testáveis destes modelos se verifica na realidade. Nestas condições, a insistência do PAIC/ONU em continuar a considerar os seus modelos climáticos como verdade final e absoluta, declarando que "não há lugar para as discussões, chegou o tempo de agir",  mais se assemelha com uma fé religiosa cega e incondicional, ou com uma doutrina política totalitária e absolutista do que com investigação científica. Com esse espírito, um dos cientistas envolvidos na criação destes modelos afirmou que "... é a Natureza que está errada; os meus modelos estão certos".

Além disso, estes modelos climáticos são inerentemente imprecisos sob o ponto de vista matemático, não existindo qualquer possibilidade de correcção deste defeito. Por este motivo nunca devíamos tentar usá-los em previsões de qualquer espécie, facto este que os criadores dos modelos conhecem desde o princípio, mas preferem ignorar.

Teorias alternativas

Existem teorias alternativas que explicam o aquecimento global de forma mais consistente que o efeito de estufa, provocado pelo CO2 antropogénico. Uma destas afirma e com provas experimentais muito concretas, tais como dados do recuo dos glaciares. Sabe-se que este recuo já ocorria no Século XIX, prosseguiu com a mesma intensidade no Século XX e que o aquecimento nada tem a ver com o CO2. Ele já ocorria nos 150 anos precedentes ao rápido crescimento das concentrações do CO2 e com a mesma intensidade. Entretanto, o PAIC/ONU faz de conta que desconhece estas teorias alternativas, não lhes dando qualquer atenção e seguindo o dogma do aquecimento global provocado pelo CO2 antropogénico como a única possibilidade existente. Só que não dispõe de nenhuma prova deste seu dogma.

O próprio Sr. R. Pachauri, director do PAIC/ONU, admitiu, implicitamente, a ausência total de provas quando foi por nós desafiado durante recente discussão na Fundação Calouste Gulbenkian, para apresentar uma única prova de que o aquecimento global é provocado pelo dióxido de carbono. Não soube responder a este desafio, esquivando-se e comentando uma afirmação nossa, ao invés de responder ...

Os modelos nada provam

Os modelos climáticos do PAIC/ONU não podem servir de prova que o aquecimento global está a ser provocado pelo dióxido de carbono pois foram "acertados" utilizando coeficientes numéricos ajustáveis, ao gosto do criador do modelo, de modo a poderem explicar o aquecimento real vivido no Século XX com o crescimento das concentrações desse mesmo dióxido de carbono. Usando os modelos como usa, o PAIC/ONU cai na falácia da argumentação "ad ignoratum", bem conhecida desde os tempos romanos: não sabemos nem queremos saber outra razão, então a razão é o dióxido de carbono atmosférico, mas uma outra coisa não pode ser, pois não sabemos qual é. De facto, do mesmo modo foram também "acertados" os modelos que descrevem o comportamento atmosférico do ozono, para "explicar" a redução de ozono pelos CFC's de origem humana e "provar" assim a relação causa–efeito entre as duas coisas, as quais na realidade tanto podem estar, como não, assim relacionadas, pois os respectivos modelos  não provam esta relação.

Impacto no orçamento de famílias

A implementação de uma redução da ordem dos 30% nas emissões de CO2 pelos países desenvolvidos irá aumentar os preços de todos os tipos de energia em cerca de 4 vezes, pois os preços correntes das energias renováveis são cerca de 10 vezes superiores aos das energias tradicionais. Assim, quem gasta actualmente cerca de 300 euros mensais com a energia eléctrica, gás e gasolina, irá ter de pagar cerca de 1200 euros, quer seja sob a forma de preços directos, quer sob a forma de impostos, usados para subsidiar as energias renováveis. De facto, foi previsto pelo projecto-lei sobre o aquecimento global, chumbado recentemente pelo parlamento Australiano, exactamente um crescimento efectivo de 400% nos preços da energia para o consumidor. Além do crescimento dos custos directos teremos também o custo acrescido dos transportes e da energia para as empresas, sendo de esperar um aumento significativo do preço de todos os bens e serviços.

Impacto na economia nacional

As empresas nacionais irão perder a competitividade que ainda lhes resta, suportando o aumento de custos provocados pela subida dos preços da energia, concorrendo com as empresas de países em desenvolvimento. Para sobreviver terão de transferir as suas operações para estes países, alimentando assim o desemprego estrutural e permanente em Portugal e nos outros países desenvolvidos, pois a produção nesses países deixará de ser economicamente viável.

Aspectos científicos

Cientificamente, a única prova que alguma vez existiu da relação causa – efeito entre as crescentes concentrações atmosféricas de dióxido de carbono (fórmula química CO2, designado incorrectamente de "Carbono" quando se fala, por exemplo, em "taxas de carbono" ou "pegada de carbono") e as crescentes temperaturas globais, são os modelos climáticos usados pelo PAIC/ONU. Estes modelos prevêem o crescimento "mais provável" das temperaturas globais em 3,5 ºC, que será provocado pela duplicação de CO2 atmosférico. Por sua vez, esta duplicação poderá acontecer nos próximos 100 anos, caso a humanidade continue a emitir CO2 sem restrições.

Ora estes modelos climáticos não conseguem prever sequer o sinal (positivo ou negativo) e muito menos o valor da retroacção (em Inglês: "feedback") climática. Este parâmetro do sistema climático é crucial, pois define a resposta do sistema a toda a espécie de perturbações, tais como aumento de concentrações atmosféricas de gases com efeito de estufa, cinzas lançadas na atmosfera pelos vulcões, alterações da intensidade de radiação solar, e muitas outras. De acordo com os modelos do PAIC o sistema climático amplia as perturbações. Por exemplo, imaginemos que aumentamos a concentração do CO2 de tal modo que a temperatura média suba 1 ºC pela presença deste. Então, o sistema climático reagirá de modo tal que a temperatura sobe não apenas 1 ºC, mas sim muito mais. Por  exemplo uns 3ºC, ampliando a perturbação. Esta propriedade chama-se “retroacção positiva”. É precisamente esta a propriedade de todos os modelos climáticos do PAIC/ONU que resulta em previsões apocalípticas do aquecimento global galopante e catastrófico, caso "não se faça alguma coisa e já", pois as perturbações pouco significantes logo adquirem uma importância catastrófica. Notemos ainda que as previsões dos modelos PAIC/ONU variam muito, com diferenças entre modelos que atingem as 5 vezes. 

Entretanto, as medições experimentais mostram (ao invés dos modelos, trata-se desta vez da realidade climática e não da sua representação idealizada por cientistas em modelos computacionais) que a retroacção climática real é negativa e bastante elevada. Repetindo a mesma experiência virtual, iremos obter um crescimento real de temperatura não de 1 ºC pelo efeito do CO2 que acrescentámos à atmosfera mas de apenas uns 0,3ºC. Ou seja, a Natureza tem mecanismos de defesa para as perturbações, compensando uma grande parte do seu possível efeito. Eliminam-se assim as razões de preocupação com o aquecimento global, pois mesmo as perturbações significativas na prática perdem a sua importância.

Incapazes de reproduzir correctamente o parâmetro crucial da retroacção climática, os modelos do PAIC deixam de ser uma teoria válida. Deste modo, todas as suas conclusões deixam de ter qualquer relevância e não podem ser usadas em previsões da evolução futura do clima. Entretanto, todos os dados apontam para o facto do CO2 não ser o responsável pelo aquecimento que temos registado. Pelo contrário, mostram que o crescimento das concentrações atmosféricas de CO2 é uma consequência desse aquecimento, provocado pelas alterações de intensidade da radiação solar.

Senão, vejamos:

  • O aquecimento geral que estamos a viver começou há mais de 200 anos. Decorre em períodos de cerca de 60 anos em que durante 30 anos aquece e nos outros 30 arrefece, embora arrefeça menos do que aqueceu.
  • Este aquecimento iniciou-se no fim da chamada "Pequena Idade de Gelo". Este foi um fenómeno real, evidenciado por obras artísticas e literárias. Temos pinturas holandesas e inglesas mostrando o rio Tamisa e os canais de Amesterdão gelados e pessoas divertindo-se a andar de patins e esquis.
  • Dados paleo-climáticos mostram que a concentração de CO2 aumenta sempre após os períodos de aumento da temperatura. Isto demonstra que o CO2 é o efeito do aquecimento e não a sua causa.   
  • Os modelos do PAIC são incapazes de prever ou explicar o período corrente de algum arrefecimento. Este irá durar, previsivelmente, mais uns 20 anos, apesar do crescimento das concentrações de CO2, tal como já aconteceu há 40 anos, nos anos 70, quando se falava nos jornais de uma nova "idade do gelo" iminente.

Não sendo o aquecimento global provocado pelo crescimento do dióxido de carbono atmosférico, tornam-se desnecessárias as medidas dispendiosas propostas para combater um problema que, afinal, não existe.

Efeitos climáticos das medidas propostas pelo PAIC/ONU

Fazendo as contas com os números constantes nos relatórios do próprio PAIC/ONU, iremos "salvar" a Terra de um aquecimento de 0,2 ºC, nos próximos 100 anos. Este número deve ser comparado aos 0,9ºC em 100 anos de aquecimento "natural" que ocorre desde há 200 anos e que irá continuar, quer limitemos as emissões de CO2 quer não. Tendo em conta o valor da retroacção climática, determinado experimentalmente, o efeito de uma redução em 30% das emissões de CO2 pelos países desenvolvidos seria à volta de 0,03 ºC em 100 anos que, mais uma vez, deve-se comparar com os 0,9 ºC em 100 anos que acontecerão independentemente de tudo o resto. Para nós, estas medidas, mesmo existindo o problema (que não é o caso), parecem ter muito pouco efeito, tendo em conta os gigantescos gastos planeados e os enormes sacrifícios exigidos ao contribuinte. 

Previsões do aumento da frequência de eventos climáticos extremos com o aquecimento global

Estas previsões são simplesmente incorrectas. Admitindo que o aquecimento é provocado pelo efeito de estufa, a contribuição do CO2 na zona equatorial será muito pequena. Aqui o gás de efeito de estufa dominante é o vapor de água presente no ar em grande quantidade. Deste modo, a maior variação de temperatura irá acontecer nas zonas polares e a menor na zona equatorial. O aumento da concentração de CO2 irá diminuir a diferença de temperaturas entre as zonas polares e a zona equatorial, o que reduzirá a velocidade dos ventos (que se formam  pela diferença de temperaturas), a força dos furacões e a frequência dos outros eventos extremos. De facto, foi precisamente uma redução da força de furacões que se verificou durante o Século XX, na consequência do aquecimento global.

Previsões de redução da pluviosidade e aumento da falta de água doce com o aquecimento global

São igualmente incorrectas. Um aumento das temperaturas médias provocará um aumento da humidade absoluta do ar, e, consequentemente, aumentará a frequência e a intensidade de chuvas.

Previsões das alterações climáticas em Portugal

Reconhece o próprio Prof. Filipe Duarte Santos da FCUL, o cientista nacional mais conceituado nesta área, que as tentativas de deduzir dos modelos climáticos do PAIC/ONU quaisquer informações sobre o futuro do clima em Portugal deparam-se com erros muito grandes. É que no território continental português cabem nestes modelos apenas 2 pontos (usam nos seus cálculos uma rede quadrada com 300 km de lado). Nestas condições, esquecendo por momentos que os modelos não têm qualquer valor em termos de previsão, como já foi explicado, mas tendo em conta que os 2 pontos do modelo que correspondem ao território nacional englobam características quer de oceano quer de continente e ainda que, com esta resolução espacial, os modelos distinguem com alguma dificuldade a Península Ibérica e o Norte de África, muita imaginação deve ter quem recentemente empreendeu prever as alterações climáticas em Portugal, com base nos modelos PAIC/ONU.

Quanto à qualidade de previsões específicas, mesmo para zonas muito maiores e mais características, os modelos prevêem que a Amazónia irá secar até 2050 e que as chuvas no Saara deveriam ter aumentado entre 1901 e 1996. A realidade é exactamente contrária e em ambos os casos. A pluviosidade na Amazónia tem estado a crescer, enquanto em Saara tem vindo a diminuir...

"Verde" significa "morte"

A produção agrícola de "combustíveis verdes", subsidiada pelos governos dos países desenvolvidos, face às previsões climáticas do PAIC/ONU, já provocou a duplicação dos preços dos alimentos no mercado mundial. Em consequência disso houve mortes em massa provocadas pela fome em mais de 30 nações pobres, consequência directa da propaganda desenfreada das ideias do PAIC.

Mais dióxido de carbono na atmosfera é melhor

O dióxido de carbono atmosférico não é um poluente, mas sim um alimento para as plantas. A duplicação de CO2 atmosférico irá proporcionar um aumento da produção agrícola em cerca de 50% e sem quaisquer custos adicionais. Aliás, sem o dióxido de carbono que existe nos nossos pulmões, necessário para controlar o processo de respiração, em concentrações 100 vezes superiores às concentrações atmosféricas, nós nem sequer estaríamos aqui.

Mais calor é melhor

Os seres vivos morrem muito mais do frio do que do calor e isto aplica-se até aos ursos polares. A civilização Romana atingiu o auge do seu desenvolvimento no período de "óptimo climático Romano", bem mais quente que a actualidade. Reduzindo-se a área de gelos na Gronelândia aparecem a descoberto antigas estradas e outros vestígios de uma cultura Viking que cultivou aí trigo durante a idade média, num período que também era bem mais quente que a actualidade. Aliás, o nome "Gronelândia" dado a essa terra pelos Vikings, significa "Terra Verde", reflectindo as condições climáticas daquela época no sul desta ilha, hoje sem condições para agricultura.

Falsificadores

O Tribunal Superior ("High Court") Britânico ordenou ao Governo do Reino Unido para distribuir pelas escolas 77 páginas de correcções daquilo que o juiz definiu como "erros" contidos no filme "documentário" do Sr. Gore. Na nossa opinião, a quantidade de erros e a sua importância pedagógica, que determinaram a decisão do Juiz, excluem completamente o uso deste material para fins didácticos.

Os heróis do "Climategate", caracterizado pela imprensa Britânica como "o maior escândalo científico dos nossos tempos", movidos pelo excesso de zelo pela "causa nobre" do aquecimento global antropogénico, obviamente, chegaram a falsificar dados científicos, destruindo os dados climáticos originais e tentaram encobrir os seus feitos, destruindo documentos. Estas mesmas pessoas são, por acaso, os principais autores dos capítulos-chave dos relatórios do PAIC/ONU, capítulos estes que avaliam quantitativamente o comportamento do clima global. Ainda, são os responsáveis pela recepção e interpretação dos dados acerca das temperaturas superficiais, vindos de todas as estações meteorológicas, em 3 instituições científicas, únicas no mundo com esta competência. As mensagens de correio electrónico, trocadas pelos visados, foram divulgadas na Internet e provocaram o escândalo. Estas, ao contrário do divulgado pelos média, não são mensagens privadas, mas fazem parte do domínio público, segundo as respectivas leis dos Estados Unidos e do Reino Unido, na qualidade de documentos directamente relacionados com o trabalho de investigação científica, feito com dinheiro público. Estes factos criam dúvidas bem fundadas quanto à autenticidade dos dados climáticos que servem de justificação para toda a histeria envolta do aquecimento global antropogénico.

Desinformação na comunicação social

Muito embora os acontecimentos climáticos pontuais não consigam provar nenhuma tendência climática, estes são invariavelmente comentados como provas óbvias e irrefutáveis do aquecimento global antropogénico, sendo reportados apenas aqueles que podem ser interpretados nesse sentido, mas nunca os que apontam no sentido contrário. Senão, vejamos:

  • O facto de no verão de 2007 ter ocorrido um mínimo acentuado na cobertura de gelo do Oceano Árctico circulou muito em todos os noticiários e desde aí são discutidas as hipóteses de extracção de petróleo naquela zona, num futuro muito próximo. Entretanto, nunca foi referido que nos verões do 2008 e 2009 a cobertura de gelo recuperou, tendo voltado aos valores médios dos últimos 30 anos. Não há dados fora deste período uma vez que data dessa altura o começo das observações por satélite. Os média nem chegaram a referir que o dito parâmetro é muito volátil e que se encontra sujeito a grandes alterações de uns anos para os outros;
  • Não chegou a ser noticiado que duas semanas após o mínimo da cobertura glacial na zona  Árctica, houve um máximo na  Antárctica, em pleno inverno no Sul;
  • Nem que a tendência geral é o crescimento da área gelada na Antárctica;
  • Ao contrário do noticiado, os gelos da Gronelândia não estão em risco de desaparecer, pois, em média, o gelo está a acumular-se nesta ilha, com a velocidade de 5 centímetros por ano; aliás, estes gelos têm dezenas de milhares de anos de idade, não tendo desaparecido nos períodos quentes que houve neste intervalo de tempo, bem mais quentes do que hoje;
  • Não existe qualquer  tendência de aquecimento da Antárctica, pois ao contrário do resto do mundo, as temperaturas aí estão a decrescer. Isso por ventura explica o facto destes gelos já terem quase um milhão de anos, não tendo desaparecido em qualquer dos aquecimentos que houve neste intervalo de tempo;
  • O nível médio dos oceanos não subiu nos últimos 5 anos;
  • As temperaturas médias globais têm descido nos últimos 10 anos.

O que está a acontecer com o clima?

Depois de um período frio – neste caso, a "Pequena Idade de Gelo" (Little Ice Age) segue naturalmente um período de aquecimento global, o que estamos a viver. O Sol, sendo o motor mais importante do nosso clima, provoca quer períodos de glaciação quer períodos quentes. A intensidade da radiação solar começou a crescer ainda no Século XIX, depois do fim da " Pequena Idade de Gelo" e a única razão pela qual a Terra não aqueceu tanto como podia é a elevada actividade vulcânica que se manifestou naquele século. Os efeitos das temperaturas superficiais dos tempos passados são cumulativos, pois temos um "termoacumulador" que mantém alguma estabilidade nas temperaturas: os oceanos. São necessárias centenas de anos para alterar significativamente as temperaturas nas suas profundezas, bastante mais frias que as camadas superficiais. Deste modo, entramos no Século XX com algum aquecimento ainda por acontecer, correspondente ao aumento da intensidade de radiação solar que se realizou durante o Século XIX. Este aumento não se manifestou nas temperaturas devido às cinzas vulcânicas presentes na atmosfera naquele período. Uma parte deste aquecimento retardado já aconteceu durante o Século XX, tendo provocado um aumento adicional das temperaturas globais. Este aumento é inexplicável pelo crescimento corrente da actividade solar e foi interpretado, com muita vontade política, mas erradamente, como sendo provocado pelo crescimento das concentrações atmosféricas de dióxido de carbono.

Olhando mais de perto, todo o assunto nem vale a tinta já gasta em discussões, pois trata-se de um aumento de temperatura "por explicar" de 0,3ºC em 100 anos, coisa nem visível num termómetro da rua ...

Conclusões

  • O problema climático do aquecimento global antropogénico não existe, sendo um fenómeno virtual criado pelo PAIC/ONU.
  • Não precisamos de tomar quaisquer medidas especiais para salvar a Terra do aquecimento catastrófico, além de reclassificar o PAIC/ONU em organismo religioso ou partidário, cortando-lhe o financiamento público, por não serem capazes de produzir um trabalho sério em mais de 20 anos de existência.
  • No Século XXI, espera-nos mais algum arrefecimento, que irá durar aproximadamente até ao ano 2030. O aquecimento total durante o Século XXI será comparável com o que tivemos durante o Século XX, tudo causado pelas alterações de intensidade da radiação solar.



Saber mais

1. Colbert report: Food Control Genocide.
2. Crescimento de preços de alimentos no mercado mundial e mortes de fome em Haiti e outros países.
3. The Global Warming Suicide Cult.
4. Kissinger's 1974 plan for Food Control Genocide - the document.  
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