Este texto é uma reacção ao livro "Ruralidades V - Modernização Ecológica, Serviços Ecossistémicos e Riscos Globais", de autoria do António Covas e da Maria das Mercês Covas, editado pela Universidade do Algarve em 2010.
Os autores apresentam uma apologia, revestida em traje de ciência sociológica, de ideologias éco-misantrópicas, que exigem à sociedade ocidental de "assumir as responsabilidades" do "estado catastrófico" do sistema climático e da ecologia. Estas ideologias exigem a adopção de medidas políticas que provocarão o colapso económico e a destruição do modo de vida ocidental. Estas medias incluem a redução de emissões de dióxido de carbono, o uso de dispendiosas "energias verdes", e a produção de "combustíveis verdes", a partir dos produtos agrícolas. Notando de passagem que o IIIº Reich também era muito verde e ecológico, promovendo medidas de conservação da natureza, em grande escala, passaremos aos fundamentos científicos destas construções sociológicas.
As justificações "científicas" de ideologias éco-terroristas invocadas pelos autores incluem a campanha publicitária do Sr. Gore denominada "Uma Verdade Inconveniente", composta pelas profecias apocalípticas, os relatórios climáticos do IPCC, que argumentam a hipótese de aquecimento global antropogénico, potencialmente catastrófico e mortal para a humanidade, e as obras do Clube de Roma, as quais, entre outras, argumentam uma redução drástica da população e do crescimento económico, motivada pelo "esgotamento de recursos naturais" nos prazos historicamente curtos.
Ora o filme alegadamente documentário do Sr. Gore, segundo a decisão do Alto Tribunal Britânico, contêm pelo menos 9 erros suficientemente graves, para que o mesmo Tribunal tivesse mandado o Governo da Sua Majestade de distribuir, juntamente com as cópias do mesmo "documentário", em texto de 88 páginas, com as correcções das afirmações erradas e não baseadas em conhecimento científico, feitas no mesmo. Por outras palavras, o Sr. Gore mentiu, descaradamente, no seu "documentário", tendo sido galardoado por um Prémio Nobel, por estas mentiras, aliás juntamente com o IPCC.
A campanha de publicidade enganosa desenvolvida pelo IPCC baseia-se na hipótese de que o aquecimento global, que teve lugar durante o Século 20, foi provocado pelo aumento das concentrações do dióxido de carbono atmosférico, provocado pelo uso dos combustíveis fósseis pela humanidade. Esta hipótese foi refutada pelos trabalhos experimentais recentes, como ficou exposto nos nossos artigos, pois os modelos que não reproduzem as propriedades do sistema climático real não podem ser usados para fazer qualquer espécie de previsões. Nesta medida, num relatório da IPCC, uma parte, que descreve as previsões climáticas, apresenta dados obtidos a partir de modelos errados, e outra, que descreve as previsões quanto ao estado futuro dos ecossistemas e da sociedade humana, apresenta apenas especulações, desprovidas de qualquer justificação, pois os valores da temperatura nos quais as mesmas são baseadas não têm qualquer fundamentação científica. Com efeito, o valor científico de todo o trabalho do IPCC, desenvolvido durante duas décadas, é nulo, sendo apenas um esbanjo do dinheiro público, e as suas ideias têm um carácter apenas político-religioso, sendo baseadas em fé incondicional, mas nunca científico.
No que diz respeito às afirmações de como os recursos minerais irão acabar, nos prazos historicamente curtos, entre 50 e 100 anos, estes são igualmente falsos. Considerando o exemplo mais importante, o de combustíveis fosseis, que hoje em dia fornecem uma grande parte de energia eléctrica consumida, demonstramos recentemente que estes seriam suficientes, pelo menos, para os próximos 1000 anos, caso o desenvolvimento económico continuaria sem abrandamento, acompanhado pelo crescimento populacional. Assim, o único fim da divulgação de previsões deste género - é de promover as ideologias eco-extremistas que motivam as políticas misantrópicas, com objectivo de reduzir a população mundial.
Sendo certo que os combustíveis fósseis não estão a escassear, e não havendo qualquer necessidade de reduzir as emissões de dióxido de carbono (1º - o dióxido de carbono não é a maior razão do aquecimento, e o pouco aquecimento que produz nuca será catastrófico; 2º - o dióxido de carbono é necessário para agricultura, e o aumento das suas atmosféricas melhora os rendimentos agrícolas; 3º - o arrefecimento global iminente, ou seja a nova Pequena Idade de Gelo, que entrará em força nos meados deste Século, por causa do Grande Mínimo da actividade solar, deve ser travado - ver os nossos artigos), não existem desculpas para produzir os combustíveis "verdes" a partir de produtos agrícolas.
As energias renováveis/verdes são desnecessárias, na abundância de outras fontes mais baratas, incluindo as centrais térmicas que usam os combustíveis fósseis, contribuindo para o desastre económico que estamos a viver. No caso de Portugal, a crise orçamental seria muito mais profunda caso os custos acrescidos de electricidade verde, na ordem de 2500 milhões de euros anuais, fossem pagos pelo quem gasta a energia eléctrica (cerca de 80% está a ser gasto pelas indústrias), em vez de ser o consumidor doméstico a pagar a totalidade da factura, com tem acontecido até esta data.
Ora a produção dos combustíveis verdes a partir de produtos agrícolas provoca um aumento dos preços dos alimentos (um dos indicadores, o mais geral, é o FPI - food price index), pois o mercado de combustíveis, impulsionado pelos preços do petróleo, entra em competição directa com o mercado dos alimentos. Em vez de produzir a comida para as pessoas, que precisam dela, a agricultura está a produzir combustíveis para automóveis, que perfeitamente podem ser abastecidos com os combustíveis fósseis, nos próximos 1000 anos, sem provocar danos ao ambiente (vide supra). O aumento do FPI provoca, directa e inevitavelmente, uma subida da mortalidade de fome e doenças relacionadas com fome, na proporcionalidade directa com o valor do FPI - duplicado o FPI, duplica o número de mortes. Pelos nossos cálculos, hoje em dia morrem, anualmente, entre 3 e 5 milhões de pessoas, na consequência directa dos crescimentos da produção dos combustíveis verdes na última década. É de prever, entretanto, que este número iria, pelo menos, duplicar na próxima década, tendo em conta os planos existentes de alargamento da produção de combustíveis verdes. O Governo de Portugal também contribui para produção dos combustíveis verdes, na forma de reduções ao IVA, que foram previstos para o ano fiscal corrente no montante de 100 milhões de euros.
Lamentamos de constatar que os autores, seguindo cegamente uma corrente político-religiosa que conveniente os leva na direcção aos melhores currículos e maiores benefícios pessoais, caíram na armadilha de quererem justificar as teorias misantrópicas do capitalismo verde, contra-producentes económica e ambientalmente, com políticas contrárias às necessidades económicas, sociais e ambientais. Na consequência directa destas políticas, a sociedade ocidental está a ser vitimada por uma crise económica, a nova Pequena Idade de Gelo será exacerbada pelas reduções de emissões de dióxido de carbono, com temperaturas baixas a provocarem quebras na produção agrícola e fome, enquanto as nações pobres já estão a ser dizimadas pela fraude de combustíveis verdes. Na nossa opinião, a única maneira de evitar as campanhas de publicidade enganosa engendradas pela classe política para promover os interesses próprios - é de criminalizar a incompetência política, constitucionalmente, dando ao eleitor o poder de colocar os políticos na prisão, pelo que fizeram ou deixaram de fazer.
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Estou totalmente de acordo com os seus comentários.
ReplyDeleteExiste uma mentira generalizada e o que é pior, mascarada por pretensos e falsos conhecimentos científicos.
Nunca antes se assistiu a tamanha campanha sem fundamentação científica que está a implementar na prática medidas desastrosas para a economia e bem estar das populações em Portugal e no resto do mundo.
António