Saturday, December 10, 2011

Os eco-fascistas da ONU em Durban: projecto do tratado climático




O site Climate Depot publicou uma notícia exclusiva que descreve o projecto do tratado climático preparado pela ONU para Durban. O texto do documento original, de 138 páginas, encontra-se no site da ONU.

Os pontos principais deste documento são:
  • Um novo Tribunal climático internacional terá o poder de obrigar as nações ocidentais a pagar quantias cada vez maiores para países do terceiro mundo em nome de fazer reparação da alegada "dívida climática". O Tribunal não terá poderes sobre países do terceiro mundo. Aqui e em todo o projecto, o Ocidente é o único alvo. "O processo" está agora irremediavelmente anti-ocidental.
  • "Direitos da Mãe Terra": O projecto, que parece ter sido escrito por mentalmente atrasados activistas verdes e ambientalistas radicais, fala de "O reconhecimento e a defesa dos direitos da Mãe Terra para garantir a harmonia entre a humanidade ea natureza". Além disso, "não haverá mercantilização das funções da natureza, portanto, o mercado de carbono não será desenvolvido com essa finalidade".
  • "Direito de sobreviver": O projecto infantilmente afirma que "Os direitos de algumas partes para sobreviver estão ameaçadas pelos impactos adversos das alterações climáticas, incluindo aumento do nível do mar." Menos 2 centímetros por século, de acordo com dados de oito anos do satélite Envisat? O satélite Jason 2 mostra que o nível do mar tenha diminuído nos últimos três anos.
  • A guerra e a manutenção das forças de defesa terão de cessar - puro e simplesmente - porque eles contribuem para as alterações climáticas. Há outras razões pelas quais a guerra deve cessar, mas o projecto não os menciona.
  • Um novo valor-alvo da temperatura media: limitar o "aquecimento global" para tão pouco como 1 ° C acima dos níveis pré-industriais. Como a temperatura já está 3 º C acima dos níveis, o que está em vigor sendo proposto é uma redução da temperatura de 2 ° C. Isso levar-nos ia meio caminho de volta para a última Era Glacial, e iria matar centenas de milhões de pessoas. Frio é muito mais perigoso do que calor.
  • O novo alvo das emissões de CO2, apenas para os países ocidentais, será uma redução de até 50% as emissões ao longo dos próximos oito anos e de "mais de 100%" [essas palavras realmente aparecem no texto] até 2050. Portanto, não há automóveis, nenhuma estação de energia movida a carvão ou a gás, sem aviões, sem comboios. Volta à Idade da Pedra, mas, mesmo sem o direito de acender um fogo - emissor de carbono - na sua caverna. Moinhos de vento, painéis solares e outras "energias renováveis" são as únicas alternativas propostas no projecto. Não há menção da expansão rápida e imediata da energia nuclear a nível mundial para evitar a destruição quase total da economia.
  • A meta de nova concentração de CO2 tão baixa quanto 300 ppm equivalente de CO2 (ou seja, incluindo todos os outros gases-estufa, bem como CO2 propriamente dito). Que é um corte de quase metade em comparação com os 560 ppm equivalente de CO2 hoje. Implica apenas 210 ppm de CO2, com 90 ppm equivalente de CO2 de outros gases-estufa. Mas com 210 ppm de CO2, plantas e árvores começam a morrer. CO2 é o alimento das plantas. Eles precisam de muito mais do que 210 ppm de CO2.
  • O ano do pico de efeito de gases de estufa - apenas para o Ocidente - será este ano. Seremos obrigados a reduzir as nossas emissões a partir de agora, independentemente do efeito sobre as nossas economias (e da falta de efeito sobre o clima).
  • O Ocidente vai pagar por tudo, por causa de sua "responsabilidade histórica" em ter causado o "aquecimento global". Os países do terceiro mundo não serão obrigados a pagar nada. Mas é a ONU, e não os países do terceiro mundo, que irá receber o dinheiro do Ocidente, ficando com quase tudo para si, como de costume. Não há nenhuma disposição em qualquer lugar do projecto para a ONU a publicar as contas de como gastou os $ 100 bilhões por ano, que o projecto exige que o Ocidente deveria desembolsar, a partir de agora.
Traduzido de Inglês, parcialmente. Autor do material: Christopher Monckton

Deixamos ao leitor a tarefa de avaliar o estado de saúde mental de quem preparou o projecto do tratado climático da ONU.

Tuesday, October 4, 2011

Mentiras do Gore e assasínios em nome de créditos de carbono

A TVI reciclou no Domingo dia 2 de Outubro o filme "Verdade Inconveniente" do Sr. Gore, esquecendo de o acompanhar de leitura de mais de 70 páginas de texto que explica as 11 mentiras mais importantes  do mesmo filme, conforme foi decidido por um tribunal Britânico ainda em Outubro de 2007. Mas a propaganda tem que continuar, para justificar o dinheiro gasto em moinhos de vento, e os milhões a morrer de fome em nome de combustíveis verdes ...

Entretanto, as notícias de assassínio de 23 agricultores em Honduras, em disputa com os produtores de óleo de palmeira, usado na produção de combustíveis verdes, numa exploração acreditada pelas Nações Unidas, e as crianças mortas pelas tropas em Uganda, depois das suas casas queimadas, a mando da empresa Britânica New Forests Company, cujo negócio é a venda dos créditos de carbono, escapam completamente as média nacionais. Estes eventos trágicos são uma consequência directa das políticas ambientas criminosas da União Europeia.

Será que estamos completamente loucos?

Saturday, September 17, 2011

Thumbs up, Ivar Giaever; thumbs down, APS


Nobel Laureate Ivar Giaever Quits Physics Group over Stand on Global Warming
Prof. Giaever has the civic courage and the honor to reject an association to an idea, which he believes is wrong, judging from the general principles - if other ideas can be questioned, why then the American Physical Society (APS) had declared the Anthropogenic Global Warming (AGW) to be final and absolute truth, beyond any doubt and controversy?

We know, however, that there are many more things wrong about AGW, apart from the general principles:
  • any evidence for the AGW is strictly a product of climate models;
  • these climate models do not describe the properties of our climate system, and therefore can't be used for any predictions whatsoever;
  • climate data have been intentionally falsified; 
  • policies based on the AGW hypothesis are destroying economies,
  • and causing Green Genocide in Africa;
  • we in fact need more Carbon Dioxide in the atmosphere, and not less;
  • our climate will be cooling in the next 40 years, due to the new Grand Solar Minimum, 
  • whereas the concentrations of greenhouse gases are largely irrelevant for climate.
Read other articles on this blog to know more.

Friday, August 12, 2011

A Crise da Dívida Soberana e os Preços de Energia



Sendo os custos de energias renováveis a exceder em 300% os custos de energias convencionais, torna-se necessário inventar justificações plausíveis para  este aumento de preços, a suportar pelo consumidor (foi exactamente este aumento proposto pelo governo Australiano no projecto da lei, chumbado pelo Parlamento). Ora a corrente crise da dívida soberana, por um lado, foi provocada pelas políticas das renováveis, financiadas pelo Governo nacional com recurso aos empréstimos bancários, e por outro lado, cria uma cortina de fumo que permite aumentar os preços de todos os bens e serviços, aumentar os impostos, criar novos postos de trabalho para a classe política ... É uma dádiva de Deus aos governos europeios.

Saturday, July 30, 2011

What is wrong with the "Skeptical Science" blog?



The authors of the title blog, in this post and elsewhere, want to make the reader believe that science works in the same way as the parliamentary democracy, namely, that:
  1. Personal opinions matter
  2. Final truth is established by a vote, therefore the opinions getting more votes are more correct
  3. Arguments matter, causing the decision-makers to change their opinions
Thus, the authors follow the same paradigm of religious/political activism as the IPCC (the UN climate panel), working hard to overlook any reasons for the climate change other than the anthropogenic greenhouse gases, and therefore concluding that the greenhouse gases are the cause, and the humanity is to blame. Same as the IPCC, they dare call it "science" ...

Therefore, their approach to "proving" the Anthropogenic Global Warming (AGW) hypothesis is to invent arguments that are allegedly invoked by their opponents to disprove it, then, by refuting these arguments, they allegedly reaffirm the AGW dogma. Needless to say, none of these arguments, whether correct or erroneous, bear any relevance to the subject discussed, once we use the scientific approach ...

Now, science advances hypotheses, and tries to disprove them based on available experimental evidence, with a single piece of unexplained evidence sufficient to refute a hypothesis. Only those hypotheses that can survive experimental scrutiny make it to a theory. This approach is called the scientific method.

However, the AGW hypothesis has been refuted by experimental evidence, once and again. Therefore, pretending that nothing has changed, and that the IPCC climate reports still represent the current state of climatology as science, as opposed to religious/political activism, can only be described as non-scientific.

We therefore submit that "Sceptical Science" should be renamed "Dogmatic Faith".

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Wednesday, July 20, 2011

NY Times finds truth abusive to its readers - and detrimental to its earnings




Yesterday we commented on this post in the NY Times environmental blog. The post in question describes carbon emissions associated with different kinds of food.

Our comment informed the readers that carbon (read "carbon dioxide") emissions are irrelevant for the environment and global warming / climate change, for the simple reason that the IPCC climate models are wrong - they have been refuted by the satellite measurements performed during the last 30 years. We also mentioned our scientific paper that has demonstrated all of the above, explaining that it fact our Earth is heading to a new Little Ice Age, caused by the upcoming Grand Solar Minimum, to be in full swing within 40 years.

The comments on this blog are moderated, with the policy being that "generally, comments will be published if they are on the point and not abusive". We trust that our comment is on the very point of the issue discussed in the blog post, as in fact there is no need to get stressed about carbon emissions, at all. Therefore, it should have been rejected based on the "abusive" clause. However, the real reason is a conflict of interests, as NY Times is publicizing "carbon investments", "green energy" and such like on the same blog, therefore exposing the IPCC climate fraud may reduce the NY Times earnings. Crime pays.

American Democracy, medium rare, please ...

Follows the full text of our comment, submitted to the NY Times blog, for the benefit of the inquiring Reader.

Comment

Please be aware that carbon emissions due to any type of human activity are completely irrelevant for climate and environment.

Indeed, as we recently demonstrated in our paper "Climate Change Policies for the XXIst Century: Mechanisms, Predictions and Recommendations" (you can find the text if you Google for the entire title), nothing has ever been wrong with the climate, while the catastrophic predictions produced by the IPCC come from faulty climate models, time and again refuted by the results of satellite measurements made during the last 30 years.

In reality we are all going towards a new Little Ice Age, coming in full force within the next 40 years, and caused by the approaching Grand Solar Minimum, similar to the Maunder Minimum. Moreover, any and all climate change observed during the last 150 years has been caused by factors external to the climate system, such as changes in solar activity, and not by microscopic changes in atmospheric concentrations of carbon dioxide or any other human-dependent effect.

We therefore vehemently object to the usage of the word "science" with respect to the IPCC activities, which should be characterized as either political or religious activism, and should not be financed by the taxpayer money any longer.

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Monday, July 18, 2011

O Princípio de Peter



Diz o Princípio de Peter que todos os níveis numa organização hierárquica tendem ser ocupados pelas pessoas incompetentes. Uma recente intervenção da Sra Ministra de Agricultura deu-nos mais uma prova do mesmo ...

Não temos a mínima dúvida que desligar o ar condicionado fica mais barato que o manter ligado. Quanto a  "aposta na economia de baixo carbono", esta última:
  1. É economicamente insustentável, pois implica custos de energia, no mínimo, 3 vezes mais elevados;
  2. Não faz qualquer sentido do ponto de vista ambiental, pois os efeitos negativos do dióxido de carbono atmosférico (o "carbono" na linguagem da Sra Ministra) são inexistentes;
  3. É prejudicial à agricultura, pelo benefício da qual a Sra Ministra tem o dever de zelar, pois reduz a produtividade agrícola;
  4. E é moralmente injustificável, provocando genocídio por fome, numa escala sem precedentes.
A autodidáctica faz maravilhas, Sra Ministra ...

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Tuesday, July 12, 2011

Incompetência ou Premeditação?



Construímos o gráfico seguinte utilizando os dados do Instituto Nacional de Estatística (Tabela A.2, "Income, Saving and Net Lending/Borrowing", "current prices, annual").
Como podemos ver, foi o governo do Guterres quem iniciou o ciclo viciado de pedir cada vez mais empréstimos, para financiar as parcerias público-privadas e outras medidas destinadas exclusivamente à apropriação dos bens públicos pela classe política nacional. Deste modo, devem ser responsabilizados, pela Crise da Dívida Soberana, em primeiro lugar, os governos do PS dos últimos 15 anos.
Podemos constatar ainda que a crise económica internacional nada tem a ver, nem alguma vez tinha, com as dificuldades da nossa economia. Nomeadamente, os empréstimos  contraídos no ano de 2001 não foram superiores aos contraídos no ano de 2000, apesar das afirmações, feitas na altura pelos governantes, de como a economia nacional está a ser prejudicada pela crise económica mundial, provocada pelos acontecimentos de 11 de Setembro de 2001.

NB: Julgando pela forma exponencial da curva, aproximadamente desde o início da governação do Sócrates, todos os anos foi necessário pedir cada vez mais empréstimos, para pagar os juros dos empréstimos já existentes. Assim, temos grandes dúvidas quanto a competência e a seriedade tanto do próprio Sr ex Primeiro-Ministro como dos seus ministros, os quais não sabiam fazer as conclusões correctas, no início dos seus mandatos. [2011-11-26]



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Tuesday, June 28, 2011

Bolos para IPCC/ONU, Morte para Africanos

 
Reacção ao artigo "Comida para todos" do Olivier de Schutter, Relator Especial na ONU para o direito à alimentação, publicado no Jornal de Negócios no dia 11 de Abril de 2011.

O autor dedica a maior parte do artigo à apresentação das medidas, que embora fazem todo o sentido, dificilmente seriam implementados pelos países da G20, em benefício das nações pobres,  pois as próprias G20 sofrem as consequências da crise financeira e das políticas desastrosas ambientais e energéticas que estão a implementar, não dispondo por isso de possibilidade de ajudar às nações pobres.
 
Por outro lado, o autor mostra uma incompetência profissional surpreendente para quem é supostamente um perito na matéria, passo a citar:
"... No futuro, espera-se que as alterações climáticas conduzam a mais choques na oferta ..."
  • Falso. As mudanças climáticas são periódicas, razão pela qual o clima do futuro não será diferente do clima de um passado, e não tão longínquo como isso.
" ... Mas a agricultura também é uma grande culpada pelas mudanças climáticas, responsável por 33% de todas as emissões de gás com efeito de estufa ..."
  • Falso. Não são os gases com efeito de estufa que provocam as mudanças climáticas, mas sim as alterações de actividade solar, sendo estas também periódicas.
Entretanto, em nada nos surpreende a publicação deste artigo no JN, bem conhecido pela propaganda desenfreada de ideologia misantrópica de eco-terrorismo, dirigido tanto contra as nações pobres, como contra as nações desenvolvidas e ricas.

Ora o autor não consegue perceber que o dióxido de carbono atmosférico beneficia a agricultura, aumentando os rendimentos sem quaisquer gastos adicionais, razão pela qual precisamos de mas CO2 na atmosfera. Por outro lado, não precisamos de reduzir as emissões de CO2 nem de qualquer outro gás com efeito de estufa, pois as suas consequências climáticas negativas existem apenas nas mentes delirantes dos peritos climáticos do IPCC/ONU e nos seus modelos de um sistema climático virtual, inteiramente ilusórios e enganadores, que nada têm a ver com a nossa realidade.

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Saturday, June 25, 2011

Mensagem de 1 de Dezembro de D. Duarte de Bragança

 
Recebido via email

Na perspectiva histórica de um País com perto de 900 anos, o penoso caminhar numa crise comparável à vivida nos tempos da I República cujo centenário este ano faustosamente se comemorou, permite-nos retirar diversas conclusões.

Comecemos pela circunstância de a República, fundada pela força que derrubou um Regime Democrático, nunca, até aos nossos dias, haver sido legitimada pelo voto popular.

Significativo é, também, o facto de o regime republicano, nas suas várias expressões, não ter tido capacidade para resolver nenhum dos problemas de que acusava a Monarquia e o facto de que as Democracias mais desenvolvidas e estáveis da Europa serem Monarquias.

As nossas três Repúblicas do séc. XX nasceram de três golpes militares após os quais os governantes se lançaram a reorganizar a sociedade, com os resultados que agora estão à vista.

Como herdeiro dos Reis de Portugal, eu represento um outro princípio, o princípio da liberdade e não o da coerção. Chegou a hora de a sociedade livremente dizer que Estado quer. Em vários reinos do Norte da Europa ouvi destacados políticos afirmarem que "vivemos em República, mas o nosso Rei é o melhor defensor da nossa República".

Deixo aqui uma mensagem aos monárquicos, aos convictos que, hoje, são a minoria mas, segundo as sondagens, serão a maioria no futuro que se aproxima.

Quero lembrar que essas sondagens chegam a referir 20%, 30% ou 40% de monárquicos, conforme as perguntas são feitas, percentagens tanto mais valiosas quanto resultam da escolha de pessoas livres e não de propagandas de partidos ou de movimentos sem transparência.

Quero agradecer-vos a generosidade, o entusiasmo, e a dedicação quando içam nas ruas a bandeira das Quinas com a Coroa e quero dizer-vos que continuarei a acompanhá-los, como sucedeu no 5 de Outubro em Guimarães, o dia da independência nacional.

A situação humilhante em que a Nação se encontra perante nós próprios e a comunidade internacional obriga-nos a reflectir sobre novos modelos de desenvolvimento económico e de vida em sociedade, inspirados no bem comum.

Com efeito, a expectativa inicial do projecto europeu que a generalidade dos membros abraçou e que se assumiu, na sua origem, como um projecto de cooperação entre Estados - com os mais ricos a ajudarem os mais pobres - corre o risco de passar, rapidamente, de miragem a tragédia, com os mais fortes a ditarem regras e a impor sanções aos mais vulneráveis.

Neste contexto de incerteza e preocupação, são, por isso, cada vez mais as vozes autorizadas que preconizam a necessidade da reforma do modelo de desenvolvimento económico global. A reactivação estratégica de uma agricultura sustentável e ecologicamente equilibrada é fundamental para enfrentarmos com segurança os desafios actuais, como há pouco tempo lembrou o Papa Bento XVI .

Precisamos de um novo modelo para conseguir maior felicidade e bem-estar com menor desperdício de recursos, que deverão ser melhor e mais justamente partilhados, para que a ninguém falte o essencial.

Havendo tantas necessidades de apoio às populações seria desejável dinamizar as antigas tradições de voluntariado, recorrendo também aos serviços dos beneficiários de subsídios do Estado, como condição para receberem esses subsídios. Receber subsídios sem dar a sua contribuição para a sociedade equivale a receber esmolas, o que não é bom.

Portugal não pode cair no desânimo a que nos conduzem os constantes e confusos acontecimentos políticos nacionais amplamente noticiados.

É fundamental acreditar no Futuro e partilhar Esperança, nunca nos esquecendo de onde viemos e para onde queremos ir.

Para isso há que cultivar os exemplos de competência, seriedade e coragem na defesa de ideais, combatendo a falta de autenticidade que, infelizmente, constitui uma das mais comuns e perversas características do nosso tempo.

Quem está na Política deve ter como primeiro e último objectivo SERVIR a Pátria e, em particular, permitir a valorização dos mais desfavorecidos.

E para esta valorização ser possível, teremos de repensar todo o nosso sistema educativo, do pré-primário ao superior, adaptando os cursos às necessidades profissionais actuais e futuras e criando - com suporte da rede de ensino privado e cooperativo - condições às famílias com menos recursos para poderem escolher os estabelecimentos que gostariam que os seus filhos frequentassem, sem que tal venha a implicar aumento de encargos para o Estado.

Tenho visitado muitas escolas onde me explicam que os programas são desajustados às realidades actuais e às saídas profissionais, e particularmente aos jovens com problemas de adaptação. O "Cheque Ensino" seria uma solução para estes problemas, permitindo às famílias escolher a oferta escolar mais adaptada às necessidades dos seus filhos, evitando a discriminação económica actual e promovendo a qualidade do ensino através de uma saudável concorrência.

Só desta forma conseguiremos melhorar efectivamente o nível médio cultural, académico e profissional da população com vista ao progressivo desenvolvimento e engrandecimento do País e não com fim exclusivamente estatístico.

Na sua longa História, Portugal foi grande quando se lhe depararam desafios que envolveram projectos galvanizadores de verdadeira dimensão nacional. Nessas alturas, os portugueses sempre souberam responder com criatividade, entusiasmo e coragem.

Hoje, é no Mar e na Lusofonia que a nossa atenção deve ser focada como áreas de eleição para realizar um projecto de futuro para o País e para a Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa. Afinal, são estas duas vertentes que, desde o início da Expansão Marítima Portuguesa, com períodos de maior ou menor brilho, maior ou menor envolvimento, têm vindo a constituir o nosso Desígnio.

O prestigiado Jean Ziegler, meu professor em Genebra, ensinava que existem dois caminhos para desenvolver os povos. O primeiro começava pela educação profissional, académica e ética da população , que iria desenvolver o país e conduzi-lo ao enriquecimento. O segundo caminho consistia em injectar dinheiro estrangeiro na economia. Os governantes criariam grandes infra-estruturas, enriquecendo-se alguns deles no processo, e a população compraria bens de consumo importados, enriquecendo o comércio. Mas no fim, essa nação estaria endividada e a classe média empobrecida porque as capacidades de produção teriam diminuído.

Infelizmente é esta a nossa realidade recente.

Deixo para os especialistas apontarem os factores da crise que nos fustiga, fazerem os diagnósticos acertados, apontarem as vias de solução. Mas não posso deixar de dizer que é urgente arrepiarmos o caminho que nos trouxe à gravíssima crise económica e financeira que atravessamos, como venho denunciando desde há anos.

Foi justamente neste sentido que, este ano, pela segunda vez, promovi, no âmbito da Comissão D. Carlos 100 Anos, a organização do Congresso "Mares da Lusofonia" que permitiu uma participada reflexão, com representantes de todos os Países da CPLP presentes, acerca da valia dos mares e das Plataformas Continentais dos países lusófonos nas vertentes estratégica, de segurança, jurídica, ambiental, científica, tecnológica e económica.

A intensificação do intercâmbio de conhecimentos da sociedade civil e o fortalecimento das relações afectivas entre os nossos países contribuirá decisivamente para a supressão das barreiras que ainda existem.

Recentemente visitei o Brasil, pátria de minha Mãe, onde, em Brasília, tive a feliz oportunidade de contactar alguns membros do seu Governo.

Transmiti os meus sinceros votos de sucesso à recém-eleita Presidente Dilma Russef.

Percebi que lá existe uma grande abertura à ideia de uma futura Confederação de Estados Lusófonos, que muito beneficiaria todos os seus membros e cuja adesão não comprometeria as alianças regionais existentes. O facto do Reino Unido pertencer à Commonwealth não prejudica a sua participação na União Europeia mas valoriza-a.

Ainda sobre a importância da afectividade que naturalmente se cultiva na Comunidade Lusófona, virá a propósito salientar a decisão do Governo de Timor, país a que me ligam relações de profunda amizade, quando, à semanas, declarou o seu auxílio a Portugal na compra de parte da nossa dívida pública, num gesto de fraternal amizade. Do mesmo modo, tenho indicações de que muito nos beneficiaria negociar com o Brasil um empréstimo para resolver a crise da dívida pública soberana em melhores condições do que com o FMI ou a Europa.

Para concluir, gostaria de transmitir a todos os portugueses uma mensagem de ânimo:

Não vos deixeis abater pela situação de dificuldade económica e crise moral que actualmente nos invade.

Lembrai-vos que tivemos momentos bem mais graves na nossa História em que a perenidade da Instituição Real foi suporte decisivo para a recuperação conseguida.

A dinastia, baseada na família, oferece o referencial de continuidade de que Portugal está carente há cem anos.

Viva Portugal!

Monday, June 20, 2011

O Sétimo Selo do Quarto Cavaleiro de Apocálipse


Este post é uma reacção à publicação pela editora Gradiva do livro do jornalista José Rodrigues dos Santos "O Sétimo Selo".
Na nossa lista mereceram um grande destaque, pela negativa, tanto o autor do livro, que se juntou ao coro dos apologistas de ideologia misantrópica que junta a aceitação da fraude climática da IPCC/ONU à propaganda de energias verdes e combustíveis verdes, que estão a provocar um genocídio sem precedentes, por fome, nas nações  pobres, como a editora, a qual tinha uma reputação de estar a promover causas nobres. Ora a fraude, as mentiras e os homicídios nobres nunca serão.

Além da ausência completa da integridade moral, a qual se espera de um jornalista e escritor, o autor revelou uma ignorância ímpar para quem alegadamente estudou os fundamentos científicos dos problemas que o mesmo escolheu abordar no seu romance.

Para começar, o hidrogénio  citado pelo autor como uma solução dos problemas energéticos da humanidade não os consegue resolver, pois não existe nesta Terra qualquer jazida deste gás, e para produzir o mesmo, precisamos de gastar energia, a qual supostamente está em falta. Conclusão: mentira e fraude. O papel que aguenta.

Quanto ao petróleo, se este estiver a faltar, então apenas e só pelos motivos políticos - há quem aposta em combustíveis verdes, promovendo o genocídio por fome; comerciais, pois com a subida dos preços ganham mais os revendedores; e orçamentais - pois os governos, inclusivamente o Governo de Portugal, cobram cada vez mais impostos sobre um bem supostamente deficitário. Entretanto, e como mostramos recentemente, haverá combustíveis fósseis mais que suficientes para serem queimados sem limitações durante os próximos 1000 anos. 

Quanto a integridade moral e competência científica dos seus consultores, estes também são, no mínimo, duvidosas, pois a própria IPCC/ONU foi apanhada repetidamente em flagrantes delitos, a mentir descaradamente tanto nos seus relatórios, muitos dos cujos autores são pessoas com agenda política verde mas sem qualquer preparação científica, como por ter usado métodos demagógicos, dogmáticos e propagandistas, que nada têm a ver com a ciência. Com efeito, as principais conclusões dos mencionados relatórios são falsas: o dióxido de carbono não está a poluir a atmosfera; o dióxido de carbono não está a provocar o aquecimento global; não se vislumbra a hipótese de qualquer catástrofe climática iminente, quer que seja antropogénica ou não. Os pormenores estão no nosso artigo.

De facto, todas as políticas oficiais correntes estão completamente opostas às necessidades: precisamos de mais dióxido de carbono na atmosfera, para aumentar a produtividade agrícola; precisamos de mais dióxido de carbono na atmosfera, para reduzir os efeitos da uma nova Pequena Idade de Gelo, real, e não virtual como o aquecimento global antropogénico; precisamos de fornecer energia barata a toda a humanidade, incluindo a energia dos combustíveis fósseis, para melhorar o seu bem-estar  e então reduzir as taxas de natalidade; e, finalmente, precisamos de nos preparar para a redução da temperatura global nos próximos 30 anos, acompanhada pela redução da produtividade agrícola, com todas as consequências negativas que isso trará.

O autor pode ser entretanto congratulado por entrar numa boa companhia: o Adolf Hitler o o seu IIIº Reich também eram muito verdes e ecológicos.

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Friday, May 20, 2011

Capitalismo Verde pelo Genocídio Verde?

 
 
Este texto é uma reacção ao livro "Ruralidades V - Modernização Ecológica, Serviços Ecossistémicos e Riscos Globais", de autoria do António Covas e da Maria das Mercês Covas, editado pela Universidade do Algarve em 2010.

Os autores apresentam uma apologia, revestida em traje de ciência sociológica, de ideologias éco-misantrópicas, que exigem à sociedade ocidental de "assumir as responsabilidades" do "estado catastrófico" do sistema climático e da ecologia. Estas ideologias exigem a adopção de medidas políticas que provocarão o colapso económico e a destruição do modo de vida ocidental. Estas medias incluem a redução de emissões de dióxido de carbono, o uso de dispendiosas "energias verdes", e a produção de "combustíveis verdes", a partir dos produtos agrícolas. Notando de passagem que o IIIº Reich também era muito verde e ecológico, promovendo medidas de conservação da natureza, em grande escala, passaremos aos fundamentos científicos destas construções sociológicas.

As justificações "científicas" de ideologias éco-terroristas invocadas pelos autores incluem a campanha publicitária do Sr. Gore denominada "Uma Verdade Inconveniente", composta pelas profecias apocalípticas, os relatórios climáticos do IPCC, que argumentam a hipótese de aquecimento global antropogénico, potencialmente catastrófico e mortal para a humanidade, e as obras do Clube de Roma, as quais, entre outras, argumentam uma redução drástica da população e do crescimento económico, motivada pelo "esgotamento de recursos naturais" nos prazos historicamente curtos.

Ora o filme alegadamente documentário do Sr. Gore, segundo a decisão do Alto Tribunal Britânico, contêm pelo menos 9 erros suficientemente graves, para que o mesmo Tribunal tivesse mandado o Governo da Sua Majestade de distribuir, juntamente com as cópias do mesmo "documentário", em texto de 88 páginas, com as correcções das afirmações erradas e não baseadas em conhecimento científico, feitas no mesmo. Por outras palavras, o Sr. Gore mentiu, descaradamente, no seu "documentário", tendo sido galardoado por um Prémio Nobel, por estas mentiras, aliás juntamente com o IPCC.

A campanha de publicidade enganosa desenvolvida pelo IPCC baseia-se na hipótese de que o aquecimento global, que teve lugar durante o Século 20, foi provocado pelo aumento das concentrações do dióxido de carbono atmosférico, provocado pelo uso dos combustíveis fósseis pela humanidade. Esta hipótese foi refutada pelos trabalhos experimentais recentes, como ficou exposto nos nossos artigos, pois os modelos que não reproduzem as propriedades do sistema climático real não podem ser usados para fazer qualquer espécie de previsões. Nesta medida, num relatório da IPCC, uma parte, que descreve as previsões climáticas, apresenta dados obtidos a partir de modelos errados, e outra, que descreve as previsões quanto ao estado futuro dos ecossistemas e da sociedade humana, apresenta apenas especulações, desprovidas de qualquer justificação, pois os valores da temperatura nos quais as mesmas são baseadas não têm qualquer fundamentação científica. Com efeito, o valor científico de todo o trabalho do IPCC, desenvolvido durante duas décadas, é nulo, sendo apenas um esbanjo do dinheiro público, e as suas ideias têm um carácter apenas político-religioso, sendo baseadas em fé incondicional, mas nunca científico.

No que diz respeito às afirmações de como os recursos minerais irão acabar, nos prazos historicamente curtos, entre 50 e 100 anos, estes são igualmente falsos. Considerando o exemplo mais importante, o de combustíveis fosseis, que hoje em dia fornecem uma grande parte de energia eléctrica consumida, demonstramos recentemente que estes seriam suficientes, pelo menos, para os próximos 1000 anos, caso o desenvolvimento económico continuaria sem abrandamento, acompanhado pelo crescimento populacional. Assim, o único fim da divulgação de previsões deste género - é de promover as ideologias eco-extremistas que motivam as políticas misantrópicas, com objectivo de reduzir a população mundial.

Sendo certo que os combustíveis fósseis não estão a escassear, e não havendo qualquer necessidade de reduzir as emissões de dióxido de carbono (1º - o dióxido de carbono não é a maior razão do aquecimento, e o pouco aquecimento que produz nuca será catastrófico; 2º - o dióxido de carbono é necessário para agricultura, e o aumento das suas atmosféricas melhora os rendimentos agrícolas; 3º - o arrefecimento global iminente, ou seja a nova Pequena Idade de Gelo, que entrará em força nos meados deste Século, por causa do Grande Mínimo da actividade solar, deve ser travado - ver os nossos artigos), não existem desculpas para produzir os combustíveis "verdes" a partir de produtos agrícolas.

As energias renováveis/verdes são desnecessárias,  na abundância de outras fontes mais baratas, incluindo as centrais térmicas que usam os combustíveis fósseis, contribuindo para o desastre económico que estamos a viver. No caso de Portugal, a crise orçamental seria muito mais profunda caso os custos acrescidos de electricidade verde, na ordem de 2500 milhões de euros anuais, fossem pagos pelo quem gasta a energia eléctrica (cerca de 80% está a ser gasto pelas indústrias), em vez de ser o consumidor doméstico a pagar a totalidade da factura, com tem acontecido até esta data.

Ora a produção dos combustíveis verdes a partir de produtos agrícolas provoca um aumento dos preços dos alimentos (um dos indicadores, o mais geral, é o FPI - food price index), pois o mercado de combustíveis, impulsionado pelos preços do petróleo, entra em competição directa com o mercado dos alimentos. Em vez de produzir a comida para as pessoas, que precisam dela, a agricultura está a produzir combustíveis para automóveis, que perfeitamente podem ser abastecidos com os combustíveis fósseis, nos próximos 1000 anos, sem provocar danos ao ambiente (vide supra). O aumento do FPI provoca, directa e inevitavelmente, uma subida da mortalidade de fome e doenças relacionadas com fome, na proporcionalidade directa com o valor do FPI - duplicado o FPI, duplica o número de mortes. Pelos nossos cálculos, hoje em dia morrem, anualmente, entre 3 e 5 milhões de pessoas, na consequência directa dos crescimentos da produção dos combustíveis verdes na última década. É de prever, entretanto, que este número iria, pelo menos, duplicar na próxima década, tendo em conta os planos existentes de alargamento da produção de combustíveis verdes. O Governo de Portugal também contribui para produção dos combustíveis verdes, na forma de reduções ao IVA, que foram previstos para o ano fiscal corrente no montante de 100 milhões de euros.   

Lamentamos de constatar que os autores, seguindo cegamente uma corrente político-religiosa que conveniente os leva na direcção aos melhores currículos e maiores benefícios pessoais, caíram na armadilha de quererem justificar as teorias misantrópicas do capitalismo verde, contra-producentes económica e ambientalmente, com políticas contrárias às necessidades económicas, sociais e ambientais. Na consequência directa destas políticas, a sociedade ocidental está a ser vitimada por uma crise económica, a nova Pequena Idade de Gelo será exacerbada pelas reduções de emissões de dióxido de carbono, com temperaturas baixas a provocarem quebras na produção agrícola e fome, enquanto as nações pobres já estão a ser dizimadas pela fraude de combustíveis verdes. Na nossa opinião, a única maneira de evitar as campanhas de publicidade enganosa engendradas pela classe política para promover os interesses próprios - é de criminalizar a incompetência política, constitucionalmente, dando ao eleitor o poder de colocar os políticos na prisão, pelo que fizeram ou deixaram de fazer.

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Sunday, February 13, 2011

Verde = Genocídio | Green = Genocide



Vamos aos factos

Facto 1: O gráfico seguinte mostra a evolução do Índice de Preços dos Alimentos (Food Price Index - FPI) - azul, e a evolução da produção do  Biodiezel na UE - rosa (que tem crescido de modo semelhante à produção mundial), nos últimos 10 anos. A relação causa-efeito fica provada pelo facto que o FPI manteve-se constante, e até desceu durante 10 anos anteriores ao início da produção dos combustíveis verdes, em larga escala.

Fontes: http://www.biofuels-platform.ch/en/infos/eu-biodiesel.php e http://www.indexmundi.com/commodities/?commodity=food-price-index&months=360

Fig. 1

Conclusão: como era de esperar, o aumento da procura da matéria-prima vegetal aumentou os preços de alimentos.
Comentário: tirando os picos transitórios no gráfico do FPI (linha azul), provocados pelas colheitas mais baixos durante certos períodos, a evolução do FPI acompanha perfeitamente a evolução da produção de biocombustíveis (linha rosa).

Pergunta: qual é a percentagem de alimentos que estão a ser queimados em automóveis? Será que os combustíveis verdes podem aumentar os preços no mercado alimentar?
Resposta: hoje em dia, até 25% dos alimentos estão utilizados na produção de biocombustíveis. Os dados dizem respeito aos cereais nos Estados Unidos, são do Ministério de Agricultura Norte-americano, e dizem respeito ao ano de 2009. Em 10 anos, vamos então queimar até 50% de alimentos, deixando morrer de fome até 10 milhões de pessoas, anualmente.

Facto 2: Os dois gráficos seguintes mostram as previsões do crescimento da produção mundial do Bioetanol (álcool etílico para combustível) - Fig. 2, e do Biodiesel - Fig. 3.
Fonte: http://www.agri-outlook.org/document/9/0,3746,en_36774715_36775671_45438665_1_1_1_1,00.html

Fig. 2


Fig. 3
Conclusão: o uso de matéria-prima de origem vegetal para produção de combustíveis vai crescer cerca dos 100% nos próximos 10 anos.

As nossas previsões
  1. Nos próximos 10 anos o FPI vai crescer outros 50%, quase triplicando em 20 anos (a partir do ano 2000). Usamos para esta estimativa as tendências evidentes na Fig. 1 e os dados das Fig. 2 e 3.
  2. Ora hoje em dia morrem de fome, e das doenças relacionadas com a subnutrição, entre 10 e 20 milhões de pessoas, anualmente, na sua maioria crianças (os números variam muito entre várias fontes). Então daqui a 10 anos, irão morrer, anualmente, entre 15 e 30 milhões de pessoas, por ter crescido o FPI em 50%.
  3. Tendo em conta o crescimento de preços de alimentos que se deu nos últimos 10 anos, provocado pelo crescimento de produção de combustíveis verdes, são os mesmos hoje em dia directamente responsáveis pela morte de entre 3 e 5 milhões de pessoas, anualmente.  
  4. Ou seja, nos 10 anos seguintes morrerão de fome, adicionalmente, devido aos combustíveis verdes, entre 50 e 100 milhões de pessoas, na sua maioria crianças, e quase todas em África - ver Fig. 4, que mostra o mapa de subnutrição.

Todas estas mortes são perfeitamente evitáveis.


Fig. 4


Fonte da Fig. 4: http://en.wikipedia.org/wiki/File:Percentage_population_undernourished_world_map.PNG


Agradecendo o Anónimo pelas perguntas feitas, 23/04/2011 acrescentei as informações que estavam em falta, apresentadas de seguida.

Added on 2012/09/11: we now have conclusive scientific evidence that green fuels are the only reason that is driving the food prices up.
 
Anexo 1: Da estrutura de distribuição da população pelo rendimento 

Como mostram os dados do Censo dos Estados Unidos (usamos estes, pois são os mais detalhados na zona de rendimentos baixos), ver Fig. 5, a distribuição acumulada (distribuição cumulativa, ou integral) da população pelo rendimento é linear na zona de rendimentos baixos (a parte de esquerda do gráfico), havendo algum alongamento no sentido dos rendimentos muito baixos, cuja existência no caso dos Estados Unidos deve-se à Segurança Social: esta complementa os rendimentos, salvando da morte as pessoas mais pobres.

Fig. 5
Conclusão: Sem a ajuda da segurança social, inexistente nos países pobres, a distribuição diferencial da população pelo rendimento - é uma função constante.  Então, o número de mortes de fome e doenças relacionados com fome, nestes países pobres, é directamente proporcional ao FPI.

Anexo 2: Da quantidade da produção agrícola canalizada à produção de combustíveis verdes 

Facto 1: preço do gasóleo em Portugal hoje (23/04/2011) é de €1,32; no mínimo.
Facto 2: preço do óleo de girassol no Continente hoje é de €1,49 - se fosse inferior ao preço do gasóleo, haveria quem se abastecesse nos supermercados ...

Sendo certo que os preços dos alimentos nos países pouco desenvolvidos são mais baixos, do que em Portugal, os seus mercados internos de alimentos não conseguem competir com o mercado internacional dos combustíveis, o que resulta em falta de alimentos e subida dos seus preços. Deste modo, os preços dos combustíveis empurram para cima os preços dos alimentos.

Mostra a Fig. 6, que para cumprirmos as metas, estabelecidas na Fig. 3 para os ano 2019, será necessário usar para combustível (queimar) mais de metade de óleos alimentares, a contar com a produção mundial de 2004.

Fig. 6


Naturalmente, o mercado de combustíveis, competindo (sempre ajudado pelo dinheiro dos nossos impostos!) com o mercado dos alimentos, vai distorcer a estrutura da produção agrícola, ocupando grande parte de terrenos férteis com as "culturas de combustíveis", e provocando uma subida do FPI, dos preços de todos os alimentos, e da mortalidade devida à fome nas nações pobres, incluindo os PALOP - ver a Fig. 4.

Anexo 3.

O FPI do "Economist" (gráfco de 2010) está aqui.

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